Curso de Iniciação ao Vinho
Cultura & Degustação
Uvas Viniferas Internacionais Brancas
As castas internacionais são aquelas castas que estão presentes ao redor do mundo com áreas plantada maior que em sua região de origem.
Isso pode ter muitas explicações, adaptabilidade e versatilidade certamente é um motivo que nos faz pensar que a Chardonnay é privilegiada, relativamente generosa e fácil de ser plantada com bons resultados, tanto é que está presente em praticamente todas as regiões produtoras de vinho, ocupando áreas muito maiores que na nativa Borgonha.
A versatilidade dessa casta é conhecida, já que tanto produz ótimos vinhos brancos como vinhos para base espumante, veja Champagne, por exemplo.
Se ao fator adaptabilidade somamos o valor comercial e a popularidade de seus vinhos, a equação certa para o sucesso está apresentada.
A Sauvignon Blanc nos últimos tempos tem crescido muito em conceito e em vendas.
Seus vinhos estão hoje na preferência dos enófilos mundo afora, assim como há cerca de vinte anos a Chardonnay era a preferida, hoje a Sauvignon Blanc é a bola da vez.
Um pouco mais desafiadora que a Chardonnay, não possui a mesma versatilidade de uso, muito pouco indicada para espumante, por exemplo, a Sauvignon Blanc é também menos generosa em adaptação, esta casta é um pouco mais exigente com relação ao clima da região em que é plantada.
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Em compensação apresenta um leque aromático mais amplo que a Chardonnay e isso é um fator determinante para os apreciadores, dependendo do terroir, os aromas podem variar de herbáceos e minerais, até a frutado tropical intenso lembrando maracujá, mais comum em zonas quentes, passando pelos cítricos pomelos e grapefruit ou casca de limão siciliano.
A Riesling é uma casta de linhagem nobre e não muito fácil de adaptação, porém sua nobreza justifica os esforços que o viticultor precisa enfrentar para obter um bom resultado, desde que se apresentem as condições climáticas ideais, nada fácil por sinal.
Bons resultados com esta casta fora da Europa, Alsácia e Alemanha, temos na Austrália, no Chile e em algumas áreas isoladas em outras regiões do Novo Mundo. Atenção para não confundir a Riesling em questão, dita Riesling Renana, com a menos nobre Riesling Itálica, casta comum no Rio Grande do Sul e de boa qualidade, porém menos nobre que a prima de renome internacional.
A Gewurztraminer é provavelmente a casta mais aromáticas das vitis viníferas, comum nas áreas europeias da Alsácia, Alemanha e Trentino Alto Adige, essa casta produz vinho encorpado, muto perfumados e de baixa acidez, além de nos brindar com excelentes vinhos secos e com boa propensão para o envelhecimento, a Gewurztraminer possui uma prerrogativa importante, devido ao leque aromático que apresenta, é muito apreciada para fazer vinhos de sobremesa, desde os late harvest que são produzidos em várias regiões, inclusive Brasil e Chile, até vinhos botritizados como os Selection de Grain Noble da Alsácia e até os Ice Wine, ou Eis Wein, os famosos, e caros, vinhos do gelo.
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